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Uma abordagem metabólica para a saúde e a cura



Muito se reflete sobre o quão longe chegamos no tratamento do câncer, e quanto mais ainda temos que esperar melhores tratamentos e até mesmo a cura. Apesar de décadas de pesquisa e bilhões de dólares investidos em tratamento, as taxas de câncer continuam a aumentar. Por que?


Por muito tempo, nos concentramos no câncer como uma doença genética, acreditando que as mutações determinam nosso destino. Mas pesquisas emergentes estão desafiando essa perspectiva, apontando para o câncer como uma doença metabólica, impulsionada pela forma como nossas células produzem e usam energia. Se isso for verdade, significa que estamos mirando no culpado errado, e que precisamos de uma abordagem radicalmente diferente para a prevenção e tratamento do câncer.


Essa percepção não é apenas científica, é pessoal. Quando fui diagnosticada com câncer, há mais de 13 anos, a medicina convencional não tinha tantas novidades, como medicina integrativa, holística e abordagem metabólica. Tive que olhar além dos modelos tradicionais, fazendo perguntas mais profundas sobre por que a doença se instala e como podemos realmente curar de dentro para fora.


Essa jornada me levou a estudar sobre a Abordagem Metabólica do Câncer, que muda o foco do combate aos sintomas para restaurar a capacidade natural do corpo de prosperar.


A abordagem metabólica: uma abordagem baseada em dados para restaurar a saúde.


Por décadas, a visão dominante tem sido que o câncer é uma doença genética, causada por mutações que desencadeiam o crescimento celular fora de controle. E se o câncer não for apenas sobre genes, mas sobre como as células geram energia?



Essa é a ideia ousada por trás de um estudo de 2021 de Thomas Seyfried e Christos Chinopoulos, que desafia o modelo genético convencional e sugere uma nova abordagem, tratar o câncer como uma doença metabólica, uma enraizada na produção de energia quebrada dentro de nossas células. Essa ideia não é apenas teórica, tem grandes implicações para como gerenciamos o câncer e melhoramos os resultados para as pessoas que enfrentam essa condição.


Vamos dar um passo para trás e reconsiderar o que achamos que sabemos sobre o câncer e explorar um caminho que pode levar a maneira mais gentil de ajudar as pessoas a se curarem.


A Visão da Velha Escola. Câncer como uma Doença Genética


Por anos, os cientistas culparam o câncer por mutações de má sorte, o DNA de uma célula é embaralhado, certos "oncogenes" são ativados, os genes supressores de tumores são desligados e, antes que você perceba, você tem um tumor. Essa teoria, chamada de Teoria da Mutação Somática (SMT), dominou a pesquisa do câncer por décadas.


Mas o modelo genético tem algumas grandes lacunas:


  • Alguns cânceres não têm nenhuma mutação genética.

  • Muitos tecidos normais contêm as mesmas mutações “causadores de câncer”, mas nunca desenvolvem tumores.

  • Os chimpanzés, que compartilham 98% do nosso DNA, raramente contraem câncer.

  • Quando os cientistas transferem o DNA das células cancerígenas para células saudáveis, elas nem sempre se tornam cancerígenas.


Se o câncer é puramente sobre mutações, por que essas inconsistências existem?


  1. Uma Nova Perspectiva. uCâncer como uma Doença Metabólica

Em vez de pensar no câncer como um acidente genético, a Teoria Metabólica Mitocondrial (MMT) sugere que o câncer é, na verdade, um problema com a forma como as células produzem energia.


  • Nossas células são executadas em pequenas usinas chamadas mitocôndrias, que usam oxigênio para produzir energia de forma eficiente.

  • Quando as mitocôndrias são danificadas (por toxinas, inflamação, infecções ou dieta ruim), as células mudam para um sistema de backup chamado fermentação, mesmo quando o oxigênio está disponível.

  • Esse modo de sobrevivência primitivo alimenta o crescimento do tumor e desencadeia o caos dentro da célula.


Portanto, em vez de ser impulsionado por mutações, o câncer pode realmente começar como uma crise de energia mitocondrial, uma que força as células a sobreviver.


O Efeito Warburg. Uma Pista De 100 Anos Atrás

Esta não é uma ideia totalmente nova. Na década de 1920, Otto Warburg descobriu que as células cancerígenas se comportam de forma estranha, fermentam o açúcar como loucas, mesmo quando o oxigênio está disponível. Isso é conhecido como Efeito Warburg e sugere que o câncer é mais sobre metabolismo quebrado do que genes quebrados.

Warburg acreditava que a disfunção mitocondrial era a causa raiz do câncer. Mas em meados do século XX, a pesquisa genética assumiu como verdade absoluta, e suas ideias foram amplamente esquecidas. Agora, graças à ciência moderna, sua teoria está voltando.


Metástase. A Peça Perdida do Quebra-cabeça

Um dos maiores mistérios na pesquisa do câncer é a metástase, como o câncer se espalha para outras partes do corpo. O modelo genético não explica bem, mas o modelo metabólico explica.

As células cancerosas metastáticas se comportam muito como as células imunes, que são naturalmente projetadas para se mover pelo corpo. Algumas pesquisas sugerem que a metástase pode ocorrer quando as células cancerígenas se fundem com as células imunes, dando-lhes novas habilidades para migrar.

E o que as células imunes precisam para sobreviver? Glicose e glutamina, os mesmos combustíveis dos quais as células cancerígenas dependem.


O que isso significa para o gerenciamento do câncer?

Se o câncer é uma doença metabólica, isso significa que podemos precisar mudar nossa abordagem de direcionar mutações genéticas para direcionar as fontes de combustível do câncer:


  1. Reduzir o açúcar (glicose) - As células cancerosas são viciadas em açúcar, então uma dieta cetogênica (alta gordura, baixo teor de carboidratos) pode ajudar.

  2. Limite a glutamina - O segundo principal combustível para o câncer. Certos medicamentos e estratégias dietéticas podem ajudar a bloqueá-lo.

  3. Apoie as mitocôndrias - Estratégias como jejum, exercícios e terapias baseadas em cetonas podem incentivar a produção de energia saudável.


O objetivo? Coloque as células cancerígenas em uma crise energética, se elas não puderem usar o oxigênio de forma eficiente e cortarmos seus combustíveis de reserva, elas perderão sua vantagem de sobrevivência.


Uma abordagem mais gentil e inteligente para o tratamento do câncer

Em vez de travar guerra contra o câncer, talvez seja hora de uma abordagem diferente, uma que funcione com o corpo em vez de contra ele.


Em vez de tratamentos tóxicos que prejudicam as células saudáveis junto com as cancerígenas, a abordagem metabólica procura mudar suavemente o ambiente interno do corpo de uma maneira que torne mais difícil para o câncer prosperar.


Vamos considerar novas maneiras de navegar pelo câncer com sabedoria e cuidado, e abrir a porta para terapias que honram a capacidade natural de cura do corpo.


E em um mundo onde as taxas de câncer estão aumentando, não vale a pena repensar nossa abordagem?






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