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Foto do escritorVanessa Bonafini

Energia é tudo que pode ser sentido


A matéria não existe, tudo o que existe é energia.


Este título diz uma obviedade para quem entendeu minimamente a Teoria da Relatividade de Einstein, na qual se afirma a equivalência de matéria e energia. Matéria é energia altamente condensada que pode ser liberada, como o mostrou, lamentavelmente, a bomba atômica. A ciência percorreu, mais ou menos, este percurso: da matéria chegou ao átomo, deste, às partículas subatômicas, destas, aos "pacotes de onda" energética, destes, às supercordas vibratórias, em 11 dimensões ou mais, representadas como música e cor.


Um elétron vibra mais ou menos 500 trilhões de vezes por segundo. Vibração produz som e cor. O universo seria, pois, uma sinfonia. Das supercordas chegou-se, por fim, à energia de fundo, ao vácuo quântico.


Nesse contexto, sempre lembro de uma frase de W. Heisenberg, um dos pais da mecânica quântica, num seminário na Universidade de Munique, em 1968, que me foi dado seguir: "O universo não é feito por coisas, mas por redes de energia vibracional, emergindo de algo mais profundo e sutil".


Que é esse "algo mais profundo e sutil"? Os físicos quânticos e astrofísicos chamaram de "energia de fundo" ou "vácuo quântico". O vácuo representa a plenitude de todas as energias e suas eventuais densificações nos seres. Dai se preferir hoje a expressão "pregnant void" (o vácuo prenhe) ou a "fonte originária de todo o ser". Não é algo que possa ser representado nas categorias convencionais de espaço-tempo, pois é anterior a tudo o que existe, anterior ao espaço-tempo e às quatro energias fundamentais: a gravitacional, a eletromagnética, a nuclear fraca e forte.


Astrofísicos imaginam-no como uma espécie de vasto oceano, ilimitado, indescritível e misterioso no qual estão hospedadas todas as possibilidades e virtualidades de ser. De lá emergiu, sem que possamos saber por que e como aquele pontozinho prenhe de energia, inimaginavelmente quente que explodiu (big bang), dando origem ao universo. Nada impede que daquela energia de fundo tenham surgido outros pontos, gestando também outras singularidades e outros universos paralelos ou em outra dimensão.


Com o surgimento do universo, irrompeu simultaneamente o espaço-tempo. O tempo é o movimento da flutuação das energias e da expansão da matéria. O espaço não é o vazio estático dentro do qual tudo acontece, mas aquele processo continuamente aberto que permite às redes de energia e aos seres se manifestarem. A estabilidade da matéria pressupõe a presença de uma poderosíssima energia subjacente que a mantém nesse estado.


Nós percebemos a matéria como algo sólido porque as vibrações da energia são tão rápidas que não alcançamos percebê-las. Para isso nos ajuda a física quântica, exatamente porque se ocupa das partículas e das redes de energia.


A energia é e está em tudo. Sem energia, nada poderia subsistir. Como seres conscientes e espirituais, somos uma realização complexíssima, sutil e extremamente interativa de energia. Que é essa energia de fundo que se manifesta sob tantas formas? Não há nenhuma teoria científica que a defina. Precisamos da energia para definir a energia. Não há como escapar dessa redundância, notada já por Max Planck.


Essa energia talvez constitua a melhor metáfora do que significa Deus, cujos nomes variam, mas que sinalizam a mesma energia subjacente.


A singularidade do ser humano é poder entrar em contato consciente com essa energia. Ele pode invocá-la, acolhê-la e percebê-la na forma de vida, irradiação e entusiasmo.


“Se você quiser descobrir os segredos do Universo, pense em termos de energia, frequência e vibrações.” - Nikola Tesla


A terra hoje, é um reflexo da vibração de seus moradores. Por isso é tão importante cuidar da nossa frequência, pois ela fará diferença não apenas na nossa vida, mas em tudo o que existe. Uma pequena atitude ou vibração positiva da nossa parte colabora para a elevação do mundo.


Quanto mais harmonizados nós estamos, mas bela é essa manifestação da grande obra divina.










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